Mudanças Climáticas no Outono Favorecem o Aumento de Doenças Respiratórias

Com a chegada do outono em 20 de março, observa-se um aumento significativo nos casos de doenças respiratórias, alertando especialistas e a população em geral. As mudanças climáticas características da estação, como quedas de temperatura e redução da umidade do ar, contribuem para o agravamento de condições como gripes, resfriados, rinite alérgica, sinusite, bronquite, asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Segundo a Profª Ma. Vanessa Lentini da Costa Zarpellom, do curso de Medicina da Faculdade Santa Marcelina, também há uma crescente incidência de pneumonia e COVID-19 durante o período.

Fatores que Agravam as Doenças Respiratórias

As oscilações de temperatura e a baixa umidade do ar são determinantes para o agravamento das doenças respiratórias. A redução da umidade resseca as vias aéreas, tornando-as mais suscetíveis a infecções. Além disso, a permanência em ambientes fechados e com pouca ventilação contribui significativamente para a disseminação de vírus e bactérias, o que aumenta os riscos de infecções respiratórias.

A Profª Vanessa destaca que as mudanças bruscas de temperatura influenciam negativamente a saúde respiratória:

“A inalação de ar frio pode desencadear crises em pessoas com doenças crônicas como asma e DPOC. Por isso, pacientes com essas condições devem seguir rigorosamente as medicações prescritas, evitar gatilhos como poeira e fumaça, manter a vacinação em dia e se hidratar adequadamente.”

Mudanças Climáticas no Outono Favorecem o Aumento de Doenças Respiratórias
Cidade a noite, com luzes acesas, tempestade e trovões

Sintomas de Alerta e Diagnóstico de Doenças Respiratórias

Sintomas como tosse persistente, falta de ar, chiado no peito, coriza, congestão nasal, dor de garganta, febre e cansaço excessivo demandam atenção médica, especialmente se forem intensos ou prolongados.

A docente explica que a diferença entre resfriado, gripe e crise alérgica pode ser sutil, mas observável:

“O resfriado costuma ser mais leve, sem febre alta, apresentando coriza, espirros e congestão nasal. A gripe, por sua vez, é mais intensa, com febre alta, dores no corpo e cansaço. Já a crise alérgica não apresenta febre, mas causa espirros frequentes, coceira no nariz e olhos lacrimejando.”

Para diagnosticar doenças respiratórias agravadas pelo clima, os médicos solicitam exames como teste de PCR, testes de antígeno para influenza e COVID-19, hemograma, raio-X de tórax e provas de função pulmonar. Além disso, a escolha dos exames deve ser feita de acordo com a necessidade de cada paciente, garantindo maior precisão no diagnóstico.

Prevenção e Cuidados

Algumas medidas podem ajudar a prevenir doenças respiratórias durante o outono:

  • Lavar as mãos com frequência;
  • Manter os ambientes ventilados;
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes;
  • Hidratar-se bem e evitar o ar seco;
  • Reduzir a exposição a poeira e mofo.

Além disso, para fortalecer a imunidade, as pessoas devem manter uma alimentação equilibrada. Portanto, é fundamental priorizar alimentos ricos em vitaminas C e D, zinco e proteínas. A prática regular de atividades físicas, sono adequado e redução do estresse também contribuem para um sistema imunológico fortalecido.

Importância da Vacinação

Tomar a vacina contra gripe anualmente é fundamental, especialmente para grupos de risco como idosos, crianças, gestantes e pessoas com comorbidades. Além disso, a vacinação contra o pneumococo desempenha um papel essencial na proteção de idosos e pacientes com doenças crônicas. Da mesma forma, o reforço da vacina contra a COVID-19 deve ser realizado a cada seis meses, especialmente em pessoas com mais de 60 anos e indivíduos imunocomprometidos. Essas medidas preventivas são fundamentais para fortalecer a imunidade da população mais vulnerável e reduzir o risco de complicações graves associadas às infecções respiratórias.

Recentemente, as autoridades aprovaram a vacinação de gestantes contra o vírus sincicial respiratório, uma medida que pode beneficiar dois milhões de bebês e reduzir as internações de prematuros. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 83.740 internações de bebês prematuros entre 2018 e 2024.

Mudanças Climáticas no Outono Favorecem o Aumento de Doenças Respiratórias
Mulher vestida de branco sendo vacinada

O Papel dos Umidificadores e da Ventilação para Doenças Respiratórias

Para finalizar, a Profª da Faculdade Santa Marcelina Ma. Vanessa Lentini da Costa Zarpellom explica que ter um ambiente bem ventilado é uma das formas mais eficazes de reduzir a propagação de vírus e bactérias:

“O uso de umidificadores pode ser benéfico em locais muito secos, mas deve ser feito com moderação para evitar a proliferação de fungos.”

Vanessa Lentini da Costa Zarpellom

Vanessa Lentini da Costa Zarpellom

Graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (2002-2007). Residência Médica em Infectologia na Casa de Saúde Santa Marcelina (2008-2010) Médica em PS/Emergência – Casa de Saúde Santa Marcelina desde 2009 até 2020 Médica infectologista e Responsável Técnica da Prefeitura Municipal de São Paulo atua em Serviço de Atendimento Especializado em IST/AIDS desde 2012 até atual. Presidente da SCIH de 2013 a 2015 do Hospital Municipal Dr Benedicto Montenegro (Jd Iva) Médica da Diretoria de Planejamento e Informação em Saúde da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM/PAIS) com enfoque em Planejamento Estratégico em Saúde, elaboração de artigos para congresso (2015 a 2018) Atuou com médica assistente e preceptora de residentes e internos na Enfermaria de Infectologia do Hospital Estadual Mário Covas (2013 a 2016) Atuou como médica infectologista na SCIH da Casa de Saúde Santa Marcelina e preceptora dos residentes do último ano de Infectologia (2010 a 2013) Atuou como médica no Ambulatório de Especialidades na área de Infectologia (AME) da Casa de Saúde Santa Marcelina (2010 a 2013). Implantou o serviço de SCIH e era preceptora do Hospital de Clínicas da Prefeitura do Município de São Bernardo de abril a junho de 2014. Professora da disciplina de Semiologia Médica I,II,III e Doenças Infectoparasitárias na FASM e (Faculdade de Medicina Santa Marcelina) desde agosto 2016 a atual Medica Infectologista do Hospital Lacan, referência estadual em Dependência Química com atendimento inclusive a adolescentes de 2019 a 2022 Supervisora Médica da Comissão de Epidemiologia Hospitalar do Hospital Santa Marcelina início em 2022 a atual MBA em Gestão Hospitalar e Comissão de Controle de Infecção Hospitalar concluído em 2023

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