Vacinas além da Covid-19: Um novo capítulo na história das vacinas
Nos últimos anos, a ciência médica passou por uma revolução silenciosa, mas extremamente impactante. Com isso, houve um grande investimento em tecnologias de produção de vacinas, especialmente com a emergência da pandemia de Covid-19. O que muitos não sabem, no entanto, é que esse avanço não parou com o controle do coronavírus. Consequentemente, ele abriu caminho para uma nova era na medicina preventiva, e esse progresso promete transformar ainda mais a forma como prevenimos doenças.
Leonardo Weissmann, infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia, afirma que a pandemia impulsionou novas tecnologias para o desenvolvimento de vacinas e prevenção de doenças.
Essa transformação já impacta os calendários vacinais e exige que futuros médicos se preparem para uma realidade mais moderna, integrada e preventiva.

O impacto da nova geração de vacinas na saúde pública após o Covid-19
Com o apoio de plataformas como mRNA e vetores virais não replicantes, que antes eram novidades, agora já estão sendo exploradas para doenças como:
- Dengue: O Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina contra a dengue no calendário vacinal do SUS. A princípio, a vacinação será destinada a regiões com maior incidência da doença, principalmente para o público entre 10 e 14 anos, devido à limitação de doses disponíveis.
- Gripe (Influenza): As vacinas contra gripe vêm sendo aperfeiçoadas anualmente com tecnologias de RNA, permitindo maior precisão na composição dos imunizantes sazonais.
- HIV: Pesquisas do NIH (National Institutes of Health) nos Estados Unidos em colaboração com instituições europeias e brasileiras apontam que novas abordagens de vacina DNA-based estão em fase avançada de testes.
- Tuberculose e malária: Organizações como a OMS e a GAVI estão ampliando os testes de vacinas para essas doenças, historicamente negligenciadas.
Segundo o portal da Nature Medicine, essas novas abordagens permitem vacinas com maior eficácia, produção mais ágil e menor custo, tornando-as acessíveis para países em desenvolvimento.

O papel da formação médica nesse novo cenário
Na graduação de medicina, formar médicos que entendam o papel estratégico da vacinação é fundamental. “O estudante do curso de medicina precisa ser preparado para atuar em uma medicina baseada em evidências, com pensamento crítico e capacidade de interpretar estudos clínicos e imunológicos”, destaca a professora Dra. Marta Helena Simões, docente da Faculdade Santa Marcelina e referência em Imunologia Médica.
A Faculdade de Medicina Santa Marcelina acompanha de perto essas transformações, promovendo projetos de iniciação científica, eventos acadêmicos e parcerias com centros de pesquisa para garantir uma formação de excelência, conectada com os avanços da ciência.
O que esperar dos próximos anos?
Especialistas indicam que o futuro da medicina caminha para uma abordagem cada vez mais preventiva e personalizada, porque as vacinas desempenham papel central não apenas na proteção individual, mas também no controle coletivo de epidemias. Além disso, a pandemia acelerou uma mudança de mentalidade. Consequentemente, governos, instituições de ensino e o setor privado estão mais abertos à inovação.
Investir continuamente em educação médica de qualidade forma profissionais preparados, éticos e humanizados, capazes de acompanhar os avanços da biotecnologia.

O momento é de esperança e transformação. Além disso, a medicina está mais próxima de erradicar doenças que por décadas impactaram milhões de vidas. Portanto, a Faculdade de Medicina Santa Marcelina, que une tradição, pesquisa e compromisso social, forma médicos preparados para tornar isso possível.